ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL: SÃO JUDAS
ROSANA DOS
SANTOS
PROJETO: “MERCADO:
O QUE DEVO COMPRAR?”
Projeto educacional elaborado e
desenvolvido no 5º ano A e B da Escola São Judas no ano de 2012, pela educadora
Rosana dos Santos, supervisionado e orientado pela Coordenadora
Pedagógica Claudia Helena Castilho e apoio da Diretora da escola Vilma Martins
de Oliveira Silva.
SETEMBRO/2012
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO......................................................................................................03
1.1Contextualização da
Escola.....................................................................................04
2.
JUSTIFICATIVA...................................................................................................06
3.
OBJETIVOS:...........................................................................................................09
3.1 Objetivo
Geral........................................................................................................09
3.2 Objetivo
Específicos...............................................................................................09
4.
METODOLOGIA...................................................................................................10
5.
RECURSOS.............................................................................................................11
6.CRONOGRAMA.....................................................................................................12
7.
AVALIAÇÃO..........................................................................................................13
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................14
ANEXOS......................................................................................................................15
INTRODUÇÃO:
Só existe aprendizagem quando o aluno
percebe que existe um problema para resolver, quer dizer, quando reconhece o
novo conhecimento como meio de resposta a uma pergunta. (CHARNAY, 1996, p.43)
Diante do cenário que nos
encontramos hoje nesse mundo globalizado e de consumismo desenfreado devemos
orientar os educando de modo lúdico a sua aprendizagem e a consumir o básico
para a sua existência de forma que aprendam a comprar o que realmente
necessita, e assim despertar o interesse a desvendar e enfrentar desafios no
cotidiano.
O educando ao brincar e manusear
objetos, o faz impulsionado pela curiosidade, pela capacidade de se espantar
diante do novo e pela vontade de encontrar as respostas. Nesse processo, o
educador deve auxiliar o educando na formulação de questionamento e na
identificação de problemas.
Com esse intuito, é que as
atividades desse projeto: “MERCADO: O
QUE DEVO COMPRAR?”, busca atender a todos os educados, de modo que eles
possam falar de seus anseios e seus modos de interpretar o mundo, ele como
agente de sua aprendizagem, como produtor de conhecimento.
Essa
preocupação norteou a elaboração desse projeto: “MERCADO: O QUE DEVO COMPRAR?” quando se teve o cuidado de se expor
com clareza à importância do aprendizado do processo da matemática, mediante
fatos significativos e do contexto do educando. Isto porque o homem, motivado
pela sua necessidade de sobrevivência, se relaciona, constrói, compra e venda
para obter lucro e assim também explora outro ser humano.
A questão metodológica exerce papel
fundamental no âmbito do ensino da matemática, visto que a observância do
estágio de desenvolvimento mental do educando é de suma importância para que a
aprendizagem realmente se efetive. Daí porque a metodologia adequada deva ser aquela
que de condições ao educando para construir seu conhecimento dando-se, para
tanto, ênfase ao “ensinar a pensar através de atividade de observação da
natureza, comparação, experimentação simples e até de discussão, desenho e
dramatização”, pois essas situações proporcionam ao aluno condições para que
ele elabore o seu saber, enriqueça seu vocabulário e amplie suas informações
sobre o que estiver estudando.
O objetivo principal desse projeto é
oferecer aos educandos condições para a construção do pensamento
lógico-criativo a partir da noção de tempo e espaço, da sua relação consigo
próprio, com a natureza e com a sociedade como agentes construtores da própria
aprendizagem uma vez que são sujeitos do Campo e precisam aprender a
comercializar seus produtos.
As atividades propostas serão possíveis
de serem realizadas no 5º ano A e B do Ensino Fundamental, onde poderão serem
explorados com maior profundidade incluindo-se relatórios escritos, pesquisas,
conclusões de experiências realizadas sobre determinados assuntos.
1.1- Contextualização da Escola
Este trabalho será realizado na Escola Municipal Rural de
Educação Infantil e Ensino Fundamental “São Judas” que está localizada no
Assentamento São Judas, situado a 30
Km do Município de Rio Brilhante – MS, o mesmo é
composto por 187 famílias, o sorteio dos lotes foi realizado dia 12 de março de
1999. O assentamento é composto por famílias sem-terra, que através de suas
organizações de luta forçaram o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária) ou o Estado, uma área de terra. O tamanho da área depende da
negociação entre o órgão competente, trabalhadores e a qualidade do solo que
varia de 5 a
30 hectares
e neste assentamento é de 13
hectares . A exploração da propriedade é conduzida em
regime de economia familiar.
A escola é uma instituição social que sofre influência e que
influência aquilo ao seu redor. Ela não é apenas o local onde se reproduzem os
valores, a cultura, a ideologia, mas ela pode influenciar os valores, a ciência
a política e a cultura na sociedade em que esta inserida, pois a mesma busca
preparar o cidadão, instrumentalizando-o, dando condições para que ele possa se
formar e se construir.
Hoje, sabemos da necessidade de que a escola,
essencialmente, vise a formação integral do educando, não apenas se preocupado
com o currículo tradicional. Ela deve se abrir aos interesses da sociedade, não
apenas da classe dominante deve possibilitar que cultura popular seja
incorporada no processo educativo.
Assim a escola poderá ser transformadora da realidade
social, estando em sintonia com as necessidades de hoje. É preciso entender que
mais do que nunca, o processo de aprender escapa dos muros da escola para
realizar-se nas inúmeras e variadas possibilidades presentes na vida cotidiana
moderna.
A Escola conta hoje com uma pessoa
na Direção da escola, uma Coordenadora pedagógica para as séries iniciais e
outra para as séries finais do Ensino Fundamental. Conta também com uma
Secretária e um Inspetor de aluno. Em uma conversa com a Diretora a mesma disse
que todos buscam cumprir sua função como proposto no regimento.
De modo geral, a infraestrutura está passando por reparos,
a construção de uma biblioteca na escola é de extrema necessidade, como também
a ampliação física para a acomodação de uma quadra de esportes e sala de vídeo.
Atualmente a escola conta com o maior número de estudantes que já conseguiu
agregar desde a sua origem, o que é importante registrar uma vez que este
acréscimo não decorre simplesmente pelo fato dos assentados trazerem suas
famílias para o assentamento, mas pelo diálogo, reconhecimento e confiança que
esta vem adquirindo junto às famílias que atende, desta maneira compreende
Caldart (2002):
A perspectiva da Educação do Campo é
exatamente a de educar este povo, essas pessoas que trabalham no campo para que
se articule, se organizem e assumam a condição de sujeitos da direção de seu
destino. (Caldart, pg. 27)
Desta maneira a comunidade tem o direito e o
dever de contribuir permanentemente da construção escolar, desde seus aspectos
pedagógicos, econômicos, culturais e políticos e ter participação na elaboração
do projeto político pedagógico da escola, mas isso começou acontecer agora com
o início da construção da Proposta Político Pedagógica da escola.
JUSTIFICATIVA
Na concepção de Celestin Freinet e de Paulo
Freire, a sociedade é plena de contradições que refletem os interesses
antagônicos das classes sociais que nela existem, sendo que tais contradições
penetram em todos os aspectos da vida social, inclusive na escola. Para eles, a
relação direta do homem com o mundo físico e social é feita através do trabalho (atividade coletiva) e liberdade é aquilo que decidimos em conjunto. Foi
pensando assim que busquei elaborar atividades significativas para serem
realizados com os educandos.
Os mesmos atribuem grande ênfase ao trabalho: as
atividades manuais têm tanta importância quanto às intelectuais, a disciplina e
a autoridade resultam do trabalho organizado. Questionam as tarefas escolares
(repetitivas e enfadonhas) opostas aos jogos (atividades lúdicas, recreio),
apontando como essa dualidade presente na escola, reproduz a dicotomia
trabalho/prazer, gerada pela sociedade capitalista industrial.
Ponderamos
várias técnicas usadas por Freinet e Freire ainda hoje em nossas aulas quando
usamos a aula passeio, correção, valorização do ser humano, a pesquisa e várias
outras no dia-a-dia. Só que não temos a mesma coragem e determinação a qual
eles desempenhavam em suas atividades como o enfrentamento, a rebeldia de fazer
acontecer, até mesmo porque o sistema a qual a sociedade se encontra hoje, e o
cotidiano do trabalho docente nos levam a refletir sobre a dominação machista imposta
pela cultura que estamos inseridos, mas que ainda precisa ter um melhor
entendimento de gênero. Pensando assim Rua e Abramovay:
“A educação deve buscar a realização do ser humano como tal,
e não enquanto meio de produção, proporcionando a todos os indivíduos as
importunidades e instrumentos necessários para desenvolver livremente suas
potencialidades, e participar da evolução da sociedade”. (RUA E ABRAMOVAY, 2000, pg. 71).
Hoje a compreensão e a tomada
de decisões diante de questões políticas e sociais também dependem de leitura e
interpretação de informações complexas, muitas vezes contraditórias, que
incluem dados estatísticos ou não, e índices divulgados pelos meios de
comunicação. Ou seja, para exercer a cidadania, é necessário saber calcular, medir,
argumentar, raciocinar e refletir o texto lido, instigando-nos a aprofundar o conhecimento em que poderíamos através de
observações perceber se teoria e prática dialogam, e se o que se propõe condiz
com a Proposta Nacional de Educação do Campo. Nesse intuito, Caldart (2005) vê
educação do campo como:
É um projeto de educação que reafirma,
como grande finalidade da ação educativa, ajudar no desenvolvimento mais pleno
do ser humano, na sua humanização e inserção crítica na dinâmica da sociedade
de que faz parte[...](p.155)
E reflete que essa é:
É uma reflexão que reconhece o campo
como lugar onde não apenas se reproduz, mas também se produz pedagogia,
reflexão que desenha traços do que pode se constituir um projeto de educação ou
de formação dos sujeitos do campo. (p.154)
Pesando assim o mundo da escola teria que ser
transformado em mundo concreto de coisas que tem significado para a criança.
Isto, no entanto, só pode ser feito com indivíduos conscientes, ativos,
dinâmicos realizadores e transformadores. Esse é um dos principais objetivos da
identidade da escola do campo.
Essa
concepção está expressa no parecer das Diretrizes e tem sua identidade definida
no art.2º, § único das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo,
ao afirmar que:
a identidade escola do campo é definida pela sua
vinculação às questões inerentes a sua realidade, ancorando-se na temporalidade
e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na
rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais
em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à
qualidade social da vida coletiva no país.
Neste
artigo das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo,
nos fala que a escola do campo precisa estar inserida na realidade do meio
rural, nos saberes da comunidade e nos movimentos sociais. Precisa ser uma
escola que tenha a cara dos povos do campo. Que a terra seja um elemento chave,
que a cultura, as lutas, a historia do campo, sejam pontos de partida para o
trabalho em sala de aula. Então, não é qualquer escola, que fique apenas
limitada ao mundo das primeiras letras, ou com conteúdos que não contribua para
a criança e o jovem do campo resgatar a auto-estima de ser agricultor ou
agricultora. Precisa então estar plantada no solo do campo e produzindo
conhecimentos sobre a realidade que as pessoas que nela vivem, transformando-a.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:
·
Identificar a função dos números nos
diferentes contextos em que se encontram; ler, interpretar e produzir problemas.
·
Adquirir o hábito de ouvir, falar e
organizar o pensamento lógico.
·
Posicionar-se de maneira criativa,
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o
dialogo como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·
Desenvolver o interesse pelas descobertas
por meio de situações concretas na sala.
·
Enfrentar e compreender novas situações.
·
Conhecer e reconhecer e utilizar
corretamente o sistema de numeração decimal e o sistema monetário brasileiro
(real e centavos)
·
Análise, interpretação e resolução de
situações problemas envolvendo números, operações, forma, tabelas e tratamento
da informação.
·
Estimular a/o educanda/o a falar sobre a experiência pessoal
e a usarem a imaginação, elevando assim sua autoestima para que se tornem
autônomos, críticos criativos e responsáveis;
METODOLOGIA
Os
educandos trazem para a escola diferentes formas de agir, pensar, refletindo o
meio social onde eles vivem. Por isso, o educador deve valorizar essa
diversidade social e cultural, através de metodologias que priorizem a criação
de estratégias, a argumentação, a criatividade, a autonomia e a capacidade de
conhecer e enfrentar desafios. Para agir socialmente e exercer a cidadania, “é
necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar, tratar informações
estatisticamente, etc”. (PCN, p.30). Nesse sentido buscamos, através das
situações, valorizar as descobertas, incentivar a participação do aluno,
opinando e sugerindo soluções e resultados.
Desta
maneira, o ensino aprendizagem de matemática deve proporcionar ao educando
momentos que desenvolvam as seguintes habilidades:
·
Identificar, ler, formular e resolver problemas; identificar
padrões; fazer generalizações; usar modelos, fatos, contra exemplos e
argumentos lógicos para validar ou não uma conjectura; e, finalmente, perceber,
analisar e representar na prática o que aprendeu.
Contudo cumpre, lembrar que este trabalho terá
atividades inicias como sondagens, a seguir produção de problemas e ideias
sobre como se dá a formação dos números envolvendo o sistema monetário
brasileiro, a compra e venda, juros e lucros. Posteriormente, recorte e
colagens com panfletos de propagandas, produções livres e ao término a
organização do mercado com os educandos.
RECURSOS
MATERIAIS:
- Jornais,
revistas, livros para recorte
- Panfletos de
mercado, fitas de vídeo.
- CD, Som.
- Cola, tesoura,
cartolina.
- Dicionário,
TV.
- Figuras
diversas.
- Documentos e
fontes de pesquisa.
- Embalagens
vazias e brinquedos.
RECURSOS HUMANOS
- Professores.
- Alunos.
- Coordenadoras
Pedagógicas.
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Será
realizado no mês de Outubro e início de Novembro de 2012 do 2º semestre com os
educandos do 5º A e B.
Mês
|
Out 04
|
Out 08
|
Out 16/17/18
|
Out 22/23/24
|
Out 25
|
Out 29
|
Out 30
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Nov 01
|
Início do projeto,
Leitura, filme conhecimento de dinheiros.
|
X
|
X
|
||||||
Duração do
projeto, produção de problemas, desenho, pintura,
outros.
|
X
|
X
|
||||||
Comparação e
discussão do tema, recorte e colagens
|
X
|
|||||||
Mercado compra e
venda
|
X
|
|||||||
Encerramento do
projeto e avaliação
|
X
|
|||||||
Digitação e
avaliação do projeto
|
X
|
X
|
AVALIAÇÃO
O educando será avaliado no seu
dia-a-dia, em que lhe será atribuído uma nota para o bimestre. Terá a
oportunidade de realizar uma prova escrita que será analisada suas conquistas e
dificuldades, criando novas possibilidades para a sua aprendizagem. O educador
acompanhará o educando no coletivo e individual, visando superar suas
dificuldades, corrigindo falhas e estimulando a aprendizagem.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
BRASIL. MEC. SECAD. Educação do Campo:
diferenças mudando paradigmas. Brasília: MEC, SECAD, 2007. ( Cadernos CECAD 2).
pp. 10-49
CALDART, Roseli Salete, Edgar Jorge Kolling. Paulo
Freire, Um Educador do Povo. 3º edição: São Paulo, SP. Gráfica e Editora Peres -
2002.
CALDART, Roseli Salete. A Escola do Campo em Movimento. In. ARROYO , Miguel Gonzalez;CALDART, Roseli Salete; MOLINA,
Mônica Castagna; 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2005. (pp. 87-132)
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo- Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002.
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da autonomia. São
Paulo, Paz e Terra, 1996.
MAURI, T. O que faz com que o aluno e aluna
aprendam os conteúdos escolares: a natureza ativa e construtiva do
conhecimento. In: Coll. C. ET AL. O construtivismo na sala de aula. São Paulo:
Ática, 2006.
RUA, Maria das Graças; ABRAMOVAY, Miriam. Companheiras de luta ou “coordenadoras de
panelas”? As relações de gênero nos assentamentos rurais/Maria das Graças Rua e
Miriam Abramovay – Brasília: UNESCO, 2000.
ANEXOS
ANEXO A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
Você
pai/mãe ou responsável________________________________________ portador do
RG/CPF:________________________autoriza seu filho/filha a ser fotografado nos
trabalhos escolares e após serem publicados na Internet como conclusão das
atividades. O objetivo deste trabalho é identificar como os educandos estão se
relacionando cotidianamente com a matemática, em especial, ao PROJETO: “MERCADO: O QUE DEVO COMPRAR?”. O projeto será desenvolvido no
período de outubro a novembro de 2012 e terá participação de alunos, pais de
alunos, professores/as, coordenadores e diretora. Para perguntas ou problemas
referentes ao estudo, ligue para Rosana dos Santos, fone: (67) 9934-9128.
Declaro que li
e entendi este formulário de consentimento, e que autorizo a publicação das
fotos deste projeto. Local e data:________________________________
Nome do
educando/a:___________________________________________
Assinatura do/a pai/mãe
ou responsável:________________________________
Assinatura da
Coordenadora Pedagógica:________________________________
Assinatura do/a
professor/a:_____________________________________
FOTO 01/: Produção de Problemas usando panfletos de mercado.
FOTO 02: Usando a calculadora
FOTO 03: Pesquisa de
produtos e preços
FOTO 04: Produção de listas de compras.
FOTO 05: Contagem de dinheiro cédulas e moedas
FOTO 06: Montagem do mercado.
FOTO 07: Momento da compra dos produtos.
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS SOBRE O PROJETO:
AVALIAÇÃO DA COORDENADORA PEDAGÓGICA.
Relatório de
acompanhamento do projeto/Mercado; - O que devo comprar?
Este relatório
tem por objetivo analisar aplicação do projeto de Matemática. Tendo em foco as
atividades relacionadas ao projeto- Mercado; - O que devo comprar?
Por meio de
reuniões, hora atividade do professor, foi analisada pela coordenação
pedagógica o material a ser trabalhado em sala de aula. O professor é
responsável pelas orientações das atividades, controle e verificação da
aprendizagem, mas tudo isso é feito também, sobre a orientação e verificação da
coordenação pedagógica.
As atividades
foram realizadas coletivamente expressando o posicionamento do professor e da
coordenação pedagógica e com o propósito de empenhar-se numa tarefa comum.
Todas as
atividades foram em patamares distintos e complementares, a saber: reflexão
sobre o trabalho no interior da sala de aula (visando á orientação), análise
critica das atividades praticas realizadas em sala de aula (visando localizar
avanços e lacunas a serem retomadas). Houve uma organização segura das
atividades, de modo a ter garantido um clima de trabalho favorável. O projeto
de matemática- Mercado; O que devo comprar? Ofereceu uma contribuição
indispensável para desenvolver nos alunos á autonomia do sistema monetário, e
por sua vez influencia nas questões dos valores de compra.
Claudia Helena Castilho Teixeira.
ASSESSORA PEDAGÓGICA.
AVALIAÇÃO DO PROJETO: “MERCADO: O QUE DEVO COMPRAR?”
Nas
duas últimas décadas, a denominação do campo vem-se expandindo para demarcar o
papel dos sujeitos e a importância da educação na sua formação e no seu
desenvolvimento. Ela carrega consigo um conjunto de conhecimentos e práticas
que instigam as políticas a compreenderem o campo como um espaço emancipatório,
como um território fecundo de construção da democracia e da solidariedade, ao
transformar-se no lugar não apenas das lutas pelo direito à terra, mas também
pelo direito à educação, à saúde, à organização da produção, pela soberania
alimentar, pela preservação das águas, entre outros.
Ao
decidirmos o tema a ser trabalhado: o sistema monetário a partir da organização
do mercado, pensamos em que poderíamos contribuir para com a formação de nossos
educandos e a comunidade local o Assentamento São Judas em Rio Brilhante /MS, e
assim construir um espaço em que hoje se encontram novos sujeitos, para que se
possa mudar a percepção de campo que foi construído na marginalização/exclusão
social, e que somente a partir da organização dos Movimentos Sociais passaram a
reivindicar direito social, especialmente o de pertencimento no interior da
sociedade em que vivem.
Ao
definir os conteúdos, refletimos sobre de que forma poderíamos abordar para que
fossem de encontro com a realidade hoje, pois os educandos devem ter uma
postura, compreensão e tomada de decisões diante de questões políticas e
sociais e que dependem de leitura e interpretação de informações complexas,
muitas vezes contraditórias, que incluem dados estatísticos ou não, e índices
divulgados pelos meios de comunicação. Ou seja, para exercer a cidadania, é
necessário saber calcular, medir, argumentar, raciocinar e refletir o texto
lido. Precisamos preparar o educando para leitura da realidade contextualizada
nas relações de mundo, instrumentalizando-o para a utilização da linguagem
geográfica e cartográfica, é desenvolver a cidadania, é possibilitar a
autonomia, é armá-lo para pensar mudanças e reconstruções.
Desta
forma entende-se que a ensinar e aprender é, antes de tudo, processo, isto é,
acontece em todos os espaços sociais como resultado da ação cotidiana dos
indivíduos. E pensar a estrutura social e reconhecer nela a heterogeneidade dos
agrupamentos que a constituem e, neste sentido, recuperar, através de nossas
aulas, as razões e os interesses que os motivam, suas particularidades
políticas, econômicas e culturais e, sobretudo, perceber de que forma
contribuem para a organização de uma estrutura social que, mais que expressão
esvaziada de conteúdo, reflete a identidade histórica de qualquer sociedade em
qualquer período histórico.
Os
educandos trazem para a escola diferentes formas de agir, pensar, refletindo o
meio social onde eles vivem. Por isso, o educador deve valorizar essa
diversidade social e cultural, através de metodologias que priorizem a criação
de estratégias, a argumentação, a criatividade, a autonomia e a capacidade de
conhecer e enfrentar desafios. Para agir socialmente e exercer a cidadania, “é
necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar, tratar informações
estatisticamente, etc”. (PCN, p.30). Nesse sentido buscamos, através das
situações, valorizar as descobertas, incentivar a participação do aluno,
opinando e sugerindo soluções e resultados.
A vida
hoje na escola, na sala de aula, tem de ser muito mais do que a transmissão de
um conteúdo sistematizado do saber. Com certeza, deve incluir a aquisição de
hábitos e habilidades e a formação de uma atitude correta frente ao próprio
conhecimento, uma vez que o aluno deverá ser capaz de ampliá-lo e reconstrui-lo
quando necessário, além de aplicá-lo em situações próprias do seu contexto de
vida.
O
educador passa a ser o orientador e avaliador da aprendizagem do educando.
Assim o educador precisa ser redefinido, não mais pela aula, mas pelo
compromisso com a aprendizagem do aluno e quem aprende melhor. Por isso, quem
aprende de verdade não busca ensinar, instruir, treinar, mas propiciar ao educando
que possa aprender e daí surge imediatamente a perspectiva da aprendizagem
permanente, ou seja, o direito de aprender.
Nesse sentido, os educadores podem
aproveitar situações do cotidiano das crianças como fonte para debater em sala
de aula e construir a consciência cidadã e ética desses educandos,
orientando-os da melhor maneira, levando esse debate para a comunidade e
fazendo uma reflexão sobre a diferença e as especificidades de cada sujeito.
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